A Nikon é sem dúvidas a marca de câmeras mais famosa do mundo, mas perdeu terreno para a Canon e a Sony com o declínio das DSLRs. Em 2022, lançou a Z9, sua câmera sem espelho de ponta, que poderia finalmente competir com as concorrentes, porém seu preço de US$ 5.500 a colocou fora do alcance da maioria. Para atrair um público mais amplo, a Nikon lançou o Z8 no ano passado, com o mesmo sensor e quase as mesmas especificações da Z9, por US$ 1.700 a menos.
Com um sensor de 45 megapixels e o processador de imagem Expeed 7 mais recente, o Z8 pode lidar com diversos tipos de fotografia, desde esportes até vida selvagem e paisagens. Além disso, é uma câmera de vídeo poderosa, capaz de capturar vídeo interno 8K RAW a até 60 fps.
O único modelo que pode ser comparado em termos de velocidade, resolução e vídeo é o Sony A1, mas custa US$ 2.200 a mais. Para comparar o Z8 com esse e outros modelos, aluguei um Z8 e fotografei com ele em Vancouver, Canadá, junto com meu primo fotógrafo.
Corpo e manuseio
Em termos de design, o Z8 é similar ao Z9, porém com o punho da bateria reduzido. Ainda assim, é uma câmera robusta com 910 gramas, em comparação com os 737 gramas do Sony A1. Isso pode ser ideal para profissionais ou amantes de câmeras mais pesadas, mas não é o ideal para viagens. Um punho de bateria adicional está disponível por US$ 346, transformando o Z8 em um Z9 por um custo menor.
O Z8 possui uma ótima aderência e todos os controles que você esperaria, incluindo um joystick, controle estilo D-Pad, interruptor para configurações de câmera/vídeo e mostradores frontal e traseiro. Usuários da Nikon vão apreciar o layout, por ser parecido com modelos anteriores, porém com pequenas diferenças que podem parecer estranhas para usuários de outras marcas.
Diferente do A1, o Z8 possui um display na parte superior que mostra configurações como obturador, abertura e duração da bateria. Apesar de ocupar espaço que poderia ser utilizado por botões ou diais, é uma maneira prática de visualizar as configurações de forma rápida. A falta de um display totalmente articulado é um ponto negativo, pois limita a flexibilidade ao fotografar.
O visor eletrônico de 3,69 milhões de pontos tem resolução um pouco inferior se comparado a outros modelos nessa faixa de preço. A duração da bateria é menor, com 420 fotos, porém é possível dobrar isso com o punho de bateria adicional. O Z8 possui slots para cartões de memória UHS-II e CFexpress B, além de portas HDMI e USB-C.
Desempenho
O sensor de alta resolução do Z8 oferece velocidade impressionante, com capacidade para 20 qps em RAW e 30 qps em JPEG. O autofoco híbrido com detecção de fase é um dos melhores da Nikon, porém não tão confiável quanto o do Sony A1 em altas velocidades. A estabilização corporal de 5 eixos é eficaz, permitindo fotos nítidas mesmo em condições de pouca luz.
Qualidade da imagem
O Z8 possui o mesmo sensor excelente do Z9, oferecendo imagens nítidas de 45,7 megapixels. As imagens JPEG são vibrantes e nítidas, enquanto as RAW de 14 bits contêm muitos detalhes para edição. A qualidade em baixa luz é satisfatória, mas inferior ao Sony A1 nesse aspecto.
Em relação ao vídeo, o Z8 oferece capacidades impressionantes, superando o A1 da Sony. É possível gravar em 8K e 4K com qualidade excepcional, com destaque para a nitidez das imagens. O foco automático em vídeo é rápido e confiável, porém não tão eficiente quanto o do A1. A duração da gravação em 8K é de 90 minutos, superada pelo Z9 da Nikon.
Conclusão
A Nikon Z8 é uma câmera extremamente capaz, oferecendo muita velocidade e qualidade. Para fotógrafos híbridos, pode ser uma opção melhor que o Sony A1, especialmente em relação ao vídeo. Porém, o foco automático e a duração da bateria podem não ser os melhores comparados ao concorrente. A escolha entre os modelos pode depender do sistema e das lentes que você já possui, mas o Z8 é uma ótima opção para quem busca alta performance a um preço mais acessível.
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