Razer terá que pagar mais de US$ 1,1 milhão à Comissão Federal de Comércio para resolver reclamações de que ela anunciava suas famosas máscaras Zephyr como grau N95, quando na verdade não possuíam certificação. A empresa de periféricos para jogos lançou o Zephyr, uma máscara facial de alta tecnologia com iluminação RGB integrada, durante o pico da pandemia. Cerca de seis meses depois, no início de 2022, foi lançada uma versão “Pro” que incluía amplificação de voz. Na época, a Razer afirmou que o Zephyr era tão eficaz quanto uma máscara N95, porém mais tarde voltou atrás em sua declaração e removeu todas as referências aos filtros de “grau N95” de seu site e outros materiais de marketing, após ser divulgado que a empresa não possuía a certificação adequada.
De acordo com a FTC, a Razer nunca submeteu as máscaras Zephyr para testes na FDA ou no Instituto Nacional de Segurança e Saúde Ocupacional (NIOSH), que concede a certificação oficial para máscaras que filtram 95% das partículas presentes no ar. A empresa não consta na lista de fabricantes de máscaras N95 aprovadas pelo NIOSH em seu site. Na acusação da FTC, foi mencionado que a Razer apenas interrompeu sua propaganda enganosa após a indignação dos consumidores.
A empresa terá que entregar à FTC o lucro obtido com as vendas do Zephyr, totalizando uma receita de US$ 1.071.254,33, que será utilizada para reembolsar os consumidores afetados. Ressalta-se que as máscaras Zephyr custavam pelo menos US$ 100 para os clientes. Além disso, a Razer também terá que pagar uma multa de US$ 100 mil por suas alegações de saúde infundadas. Além de solicitar o reembolso aos clientes da Razer, a FTC proibiu a empresa de fazer qualquer alegação de que seus produtos reduzem a probabilidade de infecção ou transmissão do vírus COVID-19 sem a devida aprovação da FDA. A Razer também está proibida de afirmar benefícios à saúde de seus produtos sem evidências científicas que os respaldem, assim como de “falsamente afirmar que qualquer produto atende aos padrões estabelecidos pelo governo, quando na verdade não atendem”.